Os aneurismas intracranianos são classificados em três tipos:
A) ANEURISMAS SACULARES
B) ANEURISMAS FUSIFORMES
C) ANEURISMAS DISSECANTES
ANEURISMAS CEREBRAIS SACULARES
É o grupo mais comum, correspondem a protusões ou dilatações arredondadas ou lobuladas que se originam usualmente nas bifurcações arteriais. Ocasionalmente eles se originam diretamente da parede lateral de uma artéria cerebral que não se bifurca. O aneurisma pode ter uma abertura pequena ou ampla chamada de colo. Na estrutura microscópica de um aneurisma estão ausentes a lâmina elástica interna e a camada muscular.
INCIDÊNCIA
CAUSAS
Não há evidência que sugira que os aneurismas são congênitos. A maioria dos aneurismas saculares são lesões adquiridas, formando-se em consequência de estresse hemodinâmico e de alterações degenerativas adquiridas no interior da parede arterial.
LOCALIZAÇÕES
A localização comum dos aneurismas saculares cerebrais é nas artérias da base do cérebro, às quais formam o polígono de Willis. Aproximadamente 90% dos aneurismas localizam-se na circulação anterior (Carótida), enquanto 10% ocorrem na circulação posterior (Vertebro-basilar). Os aneurismas cerebrais distribuem-se em relação às artérias específicas da seguinte maneira:
CONSIDERAÇ̧ÕES CLÍNICAS
Os aneurismas são tipicamente lesões de adultos. O pico de apresentação está entre os 40 e 60 anos de idade.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
A manifestação clínica mais comum de um aneurisma intracraniano que rompeu é a Hemorragia Subaracnóide (HSA), isto é, o tipo de sangramento cerebral decorrente de uma ruptura de aneurisma. Por sua vez, a cefaleia (Dor de cabeça) é o sintoma mais comum de um aneurisma cerebral, ocorrendo em 85 a 95% dos pacientes.
Os sintomas menos comuns são ataque isquêmico transitório, convulsões, sintomas de efeito de massa e comprometimento de nervos intracranianos.
RISCO DE RUPTURA
O tamanho se relaciona com o risco de ruptura:
Os aneurismas multilobulados, irregulares, têm provavelmente maior tendência à ruptura.
DIAGNÓSTICO
Aneurisma não-roto: Angiorressonância magnética (ARM) e Angiotomografia computadorizada (ATC) Aneurisma roto: tomografia do crânio seguida por uma angiografia com cateter é a melhor opção de diagnóstico e planejamento terapêutico no paciente com possível hemorragia cerebral causada por um aneurisma. A angiografia com cateter permanece o “padrão-ouro” com a qual as outras modalidades de diagnóstico são comparadas.
PROGNÓSTICO
O prognóstico para um paciente com aneurisma cerebral depende da extensão e da posição do aneurisma, da idade da paciente, da saúde geral e da condição neurológica que se segue á uma hemorragia subaracnóidea. Alguns indivíduos com um aneurisma cerebral morrem do sangramento inicial, outros, no entanto, recuperam-se com quase nenhum déficit neurológico.