MALFORMAÇÃO ARTÉRIO-VENOSA CEREBRAL(MAV)
Definida como um conjunto de artérias e veias malformadas no cérebro que estão interligados de maneira indireta, ou seja, formando um plexo (rede de pequenos vasos) ou de maneira direita, formando uma fístula, quer dizer, a comunicação direta e abrupta entre uma artéria e uma veia malformada sem a existência de uma rede de capilares entre ambos, o que resultaria numa mudança mais natural e homogênea da fase arterial para a venosa.
INCIDÊNCIA
0.04% até 0.52% na população geral.
CAUSA
A etiologia da MAVc deve-se à um defeito durante a formação e diferenciação dos vasos encefálicos no período embrionário intraútero.
LOCALIZAÇÕES
A vasta maioria das MAV está localizada nos hemisférios cerebrais e apenas 15% situam-se na fossa posterior.
SINTOMAS
Aproximadamente 50% dos pacientes com MAV apresentam sintomas ocasionados por hemorragia cerebral O tipo de hemorragia mais comum é a Hemorragia Subaracnóidea (30%), depois há a parenquimatosa ou intracerebral (23%) e a intraventricular (16%). Outros sintomas são as convulsões (“ataques epilépticos”), dores de cabeça e isquemia (Falta de irrigação sanguínea para uma área do cérebro).
RISCO DE RUPTURA
O risco de ruptura de uma MAV é estimado em 2 a 4% ao ano, cumulativo. A morbidade e mortalidade combinadas são de 3% ao ano.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das MAVs pode ser realizado por meio de métodos radiológicos não invasivos como tomografia convencional ou angiotomografia do crânio, ressonância magnética ou angiorressonância do crânio, mas o exame que melhor demonstra a existência e as características de uma MAV é a angiografia cerebral por cateter (arteriografia).